Dr. Mauricio Lima Lobato
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O que é Epilepsia?
A epilepsia é um distúrbio neurológico caracterizado por crises convulsivas recorrentes. Essas crises ocorrem devido a descargas elétricas anormais no cérebro, que podem afetar diversas funções, como movimento, consciência e comportamento. A condição pode afetar pessoas de todas as idades e pode ter várias causas, como predisposição genética, lesões cerebrais, infecções ou condições congênitas. Em alguns casos, a causa da epilepsia pode ser desconhecida. Além das convulsões, a epilepsia pode impactar a qualidade de vida do paciente, afetando sua saúde mental e emocional.
Os principais tipos de epilepsia são classificados com base nas áreas do cérebro envolvidas e no tipo de crises. A epilepsia focal, por exemplo, envolve apenas uma parte do cérebro e pode causar sintomas motores ou não motores, como espasmos musculares ou alterações sensoriais. Já a epilepsia generalizada afeta ambos os hemisférios cerebrais desde o início da crise, resultando em sintomas como perda de consciência e movimentos corporais involuntários. Um terceiro tipo comum é a epilepsia desconhecida, onde o início da crise não é claramente focal ou generalizado. Entre os subtipos mais conhecidos estão as crises de ausência, crises tônico-clônicas e crises mioclônicas.
Para diagnosticar a epilepsia, são utilizados diversos exames clínicos e neurológicos. O eletroencefalograma (EEG) é o principal exame, pois permite detectar atividades elétricas anormais no cérebro. Outros exames de imagem, como a ressonância magnética (RM) e a tomografia computadorizada (TC), ajudam a identificar lesões estruturais ou anomalias cerebrais que podem estar causando as crises. Além disso, testes laboratoriais podem ser realizados para descartar outras condições médicas subjacentes, como infecções ou desequilíbrios metabólicos. O diagnóstico precoce e preciso é essencial para que o tratamento seja eficaz e adaptado às necessidades de cada paciente.
O tratamento da epilepsia envolve o uso de medicamentos antiepilépticos para controlar as crises. Existem diversas opções, e a escolha do medicamento depende do tipo de epilepsia e das características individuais do paciente. Entre as medicações mais utilizadas estão: carbamazepina, lamotrigina, levetiracetam, ácido valproico, fenitoína, topiramato, clobazam, oxcarbazepina, gabapentina e zonisamida. Esses fármacos ajudam a regular a atividade elétrica no cérebro e a prevenir novas crises. Em casos refratários, onde as medicações não são eficazes, pode-se considerar alternativas como a cirurgia ou a estimulação do nervo vago. O objetivo do tratamento é permitir que o paciente tenha uma vida o mais normal possível, com a menor quantidade de crises.
A avaliação desta condição clínica por médico especialista em epilepsia é fundamental, por se tratar de contexto clínico frequentemente desafiador e de difícil diagnóstico, que requer experiência do profissional para o reconhecimento das diversas formas de epilepsia, assim como para a adequada avaliação dos exames neurodiagnósticos realizados e escolha do tratamento mais eficiente.
Dr. Mauricio Lima Lobato.
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